De repente vem um pensamento invasivo
De que tudo deve ser como você quer
Ou então...
E são feitas mil promessas de vingança
E auto flagelos
Múltiplas formas de exercer o poder
E a decisão é premente
Seguir ou não o caminho do domínio
Em que o outro é terra conquistada
E todos são servos e mais nada?
As células do corpo pedem o comando
E vão seguir o rumo escolhido
Seremos ditadores no desejo?
Seremos libertários da vontade?
Subiremos ou não ao trono?
Carregaremos ou não a coroa dos inquestionáveis?
Nosso organismo quer saber
Se deve enrijecerE doer
Para dar conta do poder acima de tudo
Porque é preciso ser duro para não ceder
É preciso controlar cada músculo
Para não demonstrar fragilidade
E esse é o preço do comando absoluto
Reter emoções? Sim senhor, obedeço
E lá vai o intestino impedindo o fluxo dos excrementos
Que se acumulam, mal cheiram
E contagiam tudo por dentro
Não demonstrar fraquezas?Sim senhora, é pra já.
E o pulmão retém o ar
Até quase não poder mais
È pra trancar tudo na raça?
Pra isso dá-se um jeito...
E o estômago diz sim
E devora a si mesmo
O poder desmedido
Tem seduções disfarçadas
Chama-se de brio, orgulho próprio
Defesa de território
Mas quando vemos a carteira
Sua verdadeira identidade
Chama-se pobreza de alma
Decisão mesquinha, vaidade
É preciso a cada dia
Ter nas mãos um remedinho
Feito de coragem, simplicidade e carinho
Porque é o poder absoluto
Que no fim do filme...
Mata o mocinho