sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Imaginário e Proibido


Imaginário e Proibido



Proibido pra mim
Não posso entrar na paisagem
Um quadro impressionista na parede
Flores que se mexem
Um imaginário vento
No meu rosto

Não posso entrar
O riacho  treme  e  chama
Mas não  há porta
Importa  somente  imaginar

Meu corpo  e  aquela relva
Perfumes  vestem minha dor
Proibido pra mim
Um quadro na parede  para olhar
Você  em  nenhum lugar
E esse  meu  dia  sem  cor

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Suave Coisa

Suave Coisa

Flores no telefone
Boca ao pé do ouvido
Tudo no seu lugar devido.


Alvo








Alvo


Dardos de amor me atingiram.


Dispostos,
precisos,
contundentes.



Deixaram marcas.




(Poema inédito de Eliana Pichinine – www.versoseanversosfotogenicos.blogspot.com)

Nos meus sós



nos meus sós

Nos meus sós
Ninguém toca
Ninguém vai
aOnde eu vou

Nos meus sós
Eu Ando nua
Vez ou outra
Vou à rua

Da janela dos meus sós
Somente cortina e vento
O que eu faço ninguém sabe
Quando estou lá dentro
Mas sou transparente
Creiam
Nos meus sós não há mentira
Pena que para ser vista
Das aparências além
É preciso mais que eu mesma
É preciso ser alguém

Alguém que quase nada sabe
dos meus sós


(Meus sós... tomei emprestado do grande escritor, músico e artista plástico... Marcos Quinan.




Monalisa



Monalisa




No final de cada porta
No longo corredor difuso
Alguma inês é morta
Algum bloco é entrudo

Ha um dia de eclipse
Ha um traço interminado
E uma mulher sorrindo
Sem motivo alcançado

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Príncipe-rei

Príncipe-rei






Você me trouxe seus brinquedos de menino
E os rastros de sua mãe
Na caixa havia
Um cetro, coroa, capa, o tapete vermelho
todas as coisas em que costumava acreditar




Um dia eu achei bom brincar de obedecer
Mas hoje não mais


E quando me vem com a mesma proposta
E vê que não há mais graça nenhuma nisso
Sai batendo a porta e chamando os guardas

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Arrastada

 Arrastada



Como passa a noite arrastada
Nessa minha lágrima que não cai.
Como passa, ventania


A minha alegria.







(Marielza Tiscate)




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vamos falar


Vamos falar!






Vamos falar
Vamos falar
De tudo que seja preciso
Com riso
Com medo
Sem tempo
Sem prazo
Sem graça
Com graça
Vamos conversar
Em japonês
Em alemão
Na língua do p
wir sprechen uns
Do jeito que for
Parlare
Parlare
Vamos falar
Enquanto vivemos
E não amanhã
Amanhã eu não sei
O que será
Quem sabe eu não esteja mais aqui
Quem sabe em que lugar

Vamos hablar 
p-va p-mos p-fa- p-lar
Do jeito que der
Truncado, confuso
De olhos fechados
Com frio nas mãos

Daquilo que vale
De tudo que importa
Do que desentorta
A nossa ilusão

On va parler
Vamos falar
Antes que o silêncio
Venha nos buscar
Let’s talk agora
Antes que o silêncio
Esteja lá  fora
E chegue a hora de calar




MArielza Tiscate

Corpo de Flor


Corpo de flor




Arrepios
A casa vazia
Um corpo na cama
Perfume de flor

Imagino
Sussurros contidos
Lençóis embolados
Corpos  perdidos

E achados